História Oral https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho <p>A Associação Brasileira de História Oral (ABHO), sociedade cientí­fica sem fins lucrativos, tem como um dos pontos centrais de sua proposta programática a publicação da revista <em>História Oral</em>, inscrita sob o ISSN 2358-1654, Qualis de estrato A3 (quadriênio 2017-2020).<br /><br />A revista se destina aos associados e a todos os interessados na metodologia e na teoria das pesquisas que utilizam fontes orais. Criada em junho de 1998, <em>História Oral</em> foi a primeira publicação brasileira, de circulação regular, inteiramente dedicada à divulgação de trabalhos nacionais e internacionais baseados em fontes orais, desempenhando assim importante papel na formação de pesquisadores. <br /><br />A revista trabalha com sistema duplo-cego de revisão por pares. Desde agosto de 2009, <em>História Oral</em> passou a contar também com uma edição eletrônica e, desde 2010, circula exclusivamente em formato digital. A partir de 2023, passou a ter periodicidade quadrimestral. Todos os artigos da revista estão disponí­veis para acesso e livre circulação, desde que propriamente citados.</p> Associação Brasileira de História Oral pt-BR História Oral 1516-7658 <p>A revista <em>História Oral</em> é licenciada de acordo com a atribuição Creative Commons BY-NC-ND 4.0 (Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional). Dessa forma, os usuários da revista têm o direito de compartilhar livremente o material, copiando-o e redistribuindo-o em qualquer suporte e formato, desde que sem fins comerciais, fornecendo o crédito apropriado e não realizando mudanças ou transformações no material. Para maiores informações, ver: <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR">https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR</a></p> Pareceristas consultados no ano de 2023 https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1428 Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 Expediente https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1427 Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 Editorial https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1422 Juniele Rabêlo de Almeida Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1422 Ciclo de violência doméstica: história oral de mulheres que romperam um cotidiano de abusos https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1298 <p>Este estudo buscou compreender a inserção e rotura do ciclo de violência doméstica vivenciado por mulheres. Método: estudo qualitativo realizado numa região metropolitana cearense, através de entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio, com sete mulheres que foram vítimas de violência doméstica perpetrada por parceiro íntimo e analisadas conforme o método da história oral temática. Resultados: a inserção de mulheres num ciclo de violência doméstica se deu de forma gradual. A violência se desvelava em três fases: acúmulo de tensões, fase de espancamento e fase de reconciliação. A crença na mudança do parceiro, o medo, a insegurança financeira foram fatores que dificultaram a saída do ciclo, que se deu pela percepção das vítimas do fim do sentimento pelo parceiro e do prejuízo das agressões aos filhos. Considerações finais: o estudo elucidou as nuances de inserção e manutenção de uma relação abusiva e apontou fatores que facilitaram a saída de mulheres de um cotidiano de abusos.</p> Regiane Clarice Macedo Callou Cinthia Gondim Pereira Calou Rachel de Sá Barreto Luna Callou Cruz Grayce Alencar Albuquerque Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1298 História Oral: reflexões sobre a Escola de Samba Imperatriz da Zona Norte e a construção de uma identidade coletiva no Carnaval de Cruz Alta-RS. https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1338 <p align="justify">O presente artigo se propõe a refl etir sobre a escola de samba Imperatriz da Zona Norte, localizada na cidade de Cruz Alta, interior do Rio Grande do Sul, e uma possível construção de identidade coletiva no carnaval de Cruz Alta. Pretende ainda, dialogar com diferentes autores, tendo na História Oral a base metodológica para as discussões sobre Memória e Identidade, versando sobre as rupturas e permanências do passado no tempo presente.</p> Leandro Rosa Dal Forno Thiago Silva de Amorim Jesus Edgar Avila Gandra Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1338 História oral na Itália: trajetórias e desafios https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1346 <p>A história oral na Itália vive uma vida dupla: é desvalorizada e pouco reconhecida no espaço acadêmico, mas próspera e muito praticada na sociedade. O artigo traça as “características originais” e trajetórias da história oral italiana. Ele apresenta as atividades realizadas pela Associação Italiana de História Oral desde sua criação em 2006 até o presente. Discute a relação ainda não pacificada entre a história oral e a historiografia acadêmica italiana. Finalmente, aborda a relação multifacetada entre história oral e arquivos, entre a virada digital, a “oralidade de arquivo” e o “ativismo arquivístico”.</p> Alessandro Casellato Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1346 "História oral como experiência”: Uma leitura sobre desafios, potencialidades e inovações metodológicas https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1410 <p>Resenha do livro "História oral como experiência: reflexões metodológicas a partir de práticas de pesquisa”, publicado pela Cancioneiro em 2021. A coletânea, organizada por Marta Rovai e Ricardo Santhiago, reúne artigos de dez autores que abordam suas experiência com práticas de pesquisa em História Oral. </p> Luiza Porto Faria Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1410 Apresentação: Dossiê História Oral - Questões Indígenas https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1423 <section class="item abstract"> <p>Apresentação do Dossiê História Oral: Questões Indígenas</p> </section> Juciene Ricarte Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1423 Mẽ ujarẽj: narrativas de luta e resistência mẽbêngôkre (kayapó) pós-contato https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1382 <p>Este artigo é um recorte de uma pesquisa de doutorado em Ciências Sociais sobre os processos de territorialização e mobilização social mêbengôkré (kayapó) a partir da cultura, identidade e memória do grupo. Por meio da história oral e da história de vida, traz-se um relato dos últimos setenta anos, desde o contato com o não índio, de luta e resistência do(s) povo(s) indígena(s) através das memórias de Bedjai Txucarramãe, com enfoque nos enfrentamentos pelo território e nas práticas de medicina tradicional, tópicos centrais para compreendermos a visão de mundo, as estratégias de (sobre) vivência e a atualidade dos temas abordados sobre questões indígenas.</p> Michelle Carlesso Mariano Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1382 História e tradição oral na perspectiva indígena: uma introdução ao pensamento de Népia Mahuika https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1374 <p>O artigo introduz a obra Rethinking oral history and tradition: an indigenous perspective (Repensando história oral e tradição: uma perspectiva indígena), do historiador Maori e neozelandês Népia Mahuika, publicado em 2019 pela Oxford University Press e ainda sem tradução para o português. O livro oferece uma valiosa instrução ao pensamento acadêmico a partir da experiência e das perspectivas das comunidades indígenas, dialogando com a literatura das disciplinas de história oral e tradição oral. Das contribuições trazidas pela obra, o artigo se concentra em alguns pontos, com a intenção de melhor caracterizar a forma e a dinâmica da história e das fontes orais indígenas, além do diálogo com os principais conceitos que informam o campo da história oral e das tradições orais. Realiza, ainda, aproximações entre as perspectivas da história e das tradições orais Maori e de outros contextos indígenas e/ou nativos em que tais noções são determinantes, apresentando experiências de pesquisa em cenários africanos, latino-americanos e, especifi camente, brasileiros. O texto é um exercício realizado por uma pesquisadora branca e um pesquisador também branco, que assumem a postura de aprendizes, desejosos de contribuir com uma discussão rica e desafi adora, baseada na leitura/escuta atenta de protagonistas que nem sempre tiveram sua voz e seus saberes valorizados pela academia.</p> José Augusto Zorzi Carla Simone Rodeghero Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-02-08 2024-02-08 26 3 10.51880/ho.v26i3.1374 Cacos da memória: bricolagem intercultural na Comunidade Buçu (Augusto Corrêa/ PA, Amazônia Oriental) https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1353 <p>Agricultores do Buçu (Augusto Corrêa, PA), ao cavarem um buraco na roça depararam-se com um artefato: cerâmica associada a ossos. Instigados, se dirigiram a Universidade apresentando inquietações a respeito do lugar onde vivem e labutam. As particularidades do relato espontâneo e a natureza peculiar do achado fortuito estimularam o estudo do caso. Dada a característica peremptoriamente transdisciplinar da pesquisa, pois permeia história, antropologia e arqueologia, e balizado pelo diálogo entre documentos de naturezas diversas, como oralidade, cultura material e fontes imagéticas, apresentam-se investigações acerca dos fragmentos mnemônicos sobre o passado da localidade, oriundos dos depoimentos dos agentes sociais, em cotejo com análises dos modos vivendi e operandi dos sujeitos. Destaca-se que a bricolagem intercultural existente na construção de saberes na espacialidade, é marca indelével do caráter interétnico de sua pertença e de sua identidade enquanto Comunidade buçuzence.</p> Danilo Gustavo Silveira Asp Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1353 Floriza e Jorge, rezadores Kaiowa: História oral testemunhal https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1389 <p>Este artigo é resultado de entrevistas de história oral testemunhal realizadas com Floriza e Jorge, casal xamã pertencente ao povo indígena Kaiowa. Nele, centraliza-se a memória de expressão oral Kaiowa como razão de ser de projetos com indígenas. Ao se definir a história oral em sua modalidade aplicada, promove-se a análise tópica com base em três argumentos de cada história. Duas seções nucleares compostas pelos respectivos nomes dos rezadores constituem o corpus analítico que evidencia vínculos de memória compartilhados a partir do tônus testemunhal inerente às falas do casal. Nas considerações finais, indica-se a condição traumática a partir da memória coletiva Kaiowa. Pretende-se contribuir, portanto, com reflexões sobre a memória verbal indígena. Parâmetros de análise são valorizados desde o empírico.</p> Leandro Seawright Lucas Maceno Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1389 A escola do Serviço de Proteção aos Índios entre os Kaingang: uma análise sobre a metodologia da história oral indígena https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1342 <p>Este texto apresenta uma análise da história oral indígena, com base em uma pesquisa sobre a escola do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) entre os Kaingang do Rio Grande do Sul. A pesquisa contou com a participação direta de velhos Kaingang e de outras pessoas Kaingang que colaboraram com o trabalho. Neste artigo, discuto a metodologia da história oral em pesquisas com a participação direta dos indígenas. Em particular, analiso o que denominei “impressões afetivas” dos velhos Kaingang. Este texto evidencia que os Kaingang carregam muitas memórias positivas do tempo da escola do SPI. Destaco que seus relatos revelam também ambuiguidades, sentimentos de nostalgia e uma consciência histórica sobre o papel da escola. Discuto ainda sobre a discrepância entre a visão positiva do passado por parte dos mais velhos e a perspectiva negativa de seus fi lhos e netos, que atuaram como colaboradores da pesquisa.</p> Juliana Schneider Medeiros Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1342 “E a frente de nossa casa cheia de índios!”: a fonte oral como instrumento de construção da memória e história de Itaporanga (SP) https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1337 <p>Esta entrevista foi desenvolvida a partir do Angra Doce: potencial do desenvolvimento turístico e inserção regional no Pacto Global (eixo temático Patrimônios), projeto coletivo que envolve docentes e discentes de instituições de pesquisa do Estado de São Paulo (UNESP e USP) e Paraná (UENP e UEPG), sociedade civil organizada, o Cities Program (UN) e setor político e empresarial. A produção documental se deu em razão da relevância do entrevistado em Itaporanga, município localizado no sudoeste paulista. Professor e historiador, João Batista de Magalhães Castilho (1935-2020) vivenciou, herdou e pesquisou acontecimentos que contribuíram para a construção da memória e história do seu lugar de origem, ainda carente de fontes primárias e de bibliografias para estudos científicos. Na entrevista, o Sr. Castilho narra aspectos de sua vida pessoal junto a assuntos como a fundação da cidade de Itaporanga a partir da sua casa, herança de seu bisavô, último sucessor do Frei Pacífico de Montefalco e diretor do aldeamento indígena de São João Baptista do Rio Verde. Posteriormente ao falecimento do entrevistado, a fonte oral e nossa pesquisa contribuiu para a abertura do Casarão e Museu Histórico, Cultural e Genealógico da Paulistânia Professor João Castilho, inaugurado em 09 de setembro de 2022.</p> Rafaela Sales Goulart Fabiana Lopes da Cunha Copyright (c) 2023 História Oral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-20 2023-12-20 26 3 10.51880/ho.v26i3.1337